Lava-Jato

Políticos da Região Central avaliam investigação e projetam efeitos da Lava-Jato

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É consenso entre situação e oposição que ainda não é possível mensurar os efeitos e desdobramentos dessa sexta-feira histórica, marcada pelo fato de o ex-presidente Lula ter sido levado para prestar depoimento à Polícia Federal, em São Paulo.

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O deputado federal santa-mariense Paulo Pimenta, um dos políticos  gaúchos mais fiéis e próximos a Lula, é categórico ao dizer que a Lava-Jato serve a interesses da oposição em conluio com a grande mídia e setores conservadores “adeptos ao golpe”.

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Pimenta diz que o PT não reconhece a legitimidade da Lava-Jato, conduzida pelo juiz Sérgio Moro, e provoca a oposição ao dizer que “Lula será eleito presidente da República em 2018”. Mais comedido nas palavras, mas não menos indignado, o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) afirma que o Judiciário sai enfraquecido e diz que Lula foi vítima de “uma ação orquestrada e que impacta nas liberdades individuais”. Para ele, o ex-presidente está sendo execrado pela mídia.

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Do lado da oposição, o entendimento é que o mandado de condução coercitiva (que não é prisão) atesta que “Lula não está acima da lei”, segundo o deputado estadual Jorge Pozzobom (PSDB). O tucano avalia que o processo de impeachment contra a presidente Dilma ganha força e provoca: “caiu a casa para o PT”.

O também deputado estadual Miguel Bianchini (PPL) avalia que “é um dia a ser celebrado”. Bianchini avalia que o PT “enganou os brasileiros e rasgou as bandeiras da ética e da moralidade”.

Especialistas avaliam cenário

O cientista político e presidente do Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais (Inpro), Benedito Tadeu Cesar, acredita que o Brasil vive um “momento de exceção”. Para ele, o “Estado de direito foi substituído pelo Estado policial”.

Já para o escritor e professor da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, Percival Puggina, o PT “sempre se considerou um partido de missão revolucionária, acima da lei, inatingível”.

A curto e médio prazo, eles acreditam que a esquerda sairá enfraquecida e que o cenário político tende a viver um quadro de acirramento de ânimos.

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